quinta-feira, dezembro 09, 2010

Sociedade dos amigos do museu MFTPJ

O que é ser Amigo do Museu Francisco Tavares Proença Júnior?

Ser Amigo do Museu é colaborar na concretização das suas actividades, promover a instituição quer através da sua divulgação quer através da angariação de apoio técnico ou financeiro.

Que vantagens têm os Amigos do Museu?
- Entrada grátis no Museu.
- Entrada grátis em todas as exposições organizadas no espaço do Museu.
- Informação regular sobre as actividades.
- Convites para todas as inaugurações de exposições.
- Visitas guiadas às exposições.
- 10% de desconto na loja do Museu.
- 20% de desconto nos catálogos das exposições em exibição.

Como tornar-se Amigo do Museu?
Dirija-se ao Museu e solicite o formulário na portaria.
A Sociedade dos Amigos contactá-lo-á para oficializar a inscrição e confirmar o modo de pagamento.

Serviços


Oficina-Escola de Bordados Regionais
      A Oficina-Escola de Bordados Regionais foi criada em 1976, com a publicação do decreto-lei n.º 805/76 de 8 de Novembro, com o objectivo de produzir, conservar, restaurar e divulgar os tecidos bordados regionais.
Actualmente produz bordado de Castelo Branco de reconhecida excelência ao nível da técnica, da estética e da simbólica, tendo contribuído para o reconhecimento do valor patrimonial do Bordado Tradicional de Castelo Branco e para a sua preservação.
Funciona no primeiro piso do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior, todos os dias úteis das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 e pode ser visitada no percurso da exposição de longa duração, no núcleo dedicado aos Tecidos Bordados.
A Oficina-Escola dedica-se à produção de painéis para incorporação na colecção do Museu, para venda na Loja e responde a encomendas feitas por particulares.


Laboratório de restauro do MFTPJ

       A vocação do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior no domínio dos têxteis criou a necessidade de contemplar um espaço para o restauro desses materiais.
No Laboratório executam-se trabalhos de restauro de peças têxteis dos museus do Instituto Português de Museus e da colecção do Museu, ao mesmo tempo que se cuida da sua conservação. Presentemente o Laboratório está especializado na intervenção em têxteis bordados: colchas indo-portuguesas, colchas a bordado de Castelo Branco, paramentos religiosos bordados e trajo civil bordado.

Serviço de Educação

       O Serviço de Educação constitui uma porta aberta do Museu para a Comunidade. Nesse sentido desenvolve iniciativas destinadas principalmente às escolas dos diversos graus de ensino, mas também dirigidas a adultos.
Sensibilizar relativamente ao património, estimular o contacto com as colecções patrimoniais, possibilitar uma aprendizagem multisensorial, têm constituído as principais vertentes de actuação do serviço de educação.

Loja

       Na loja/livraria são comercializadas as edições do Museu Francisco Tavares Proença Júnior (catálogos das exposições e outras publicações), catálogos editados por outras instituições, outras publicações, artigos de merchandising deste e de outros museus nacionais e bordados de Castelo Branco produzidos na Oficina-escola de Bordados Regionais do Museu.

Biblioteca D. Fernando de Almeida            

A Biblioteca D. Fernando de Almeida, especializada em Arqueologia e História de Arte, funciona no primeiro piso do Museu de Tavares Proença Júnior todos os dias úteis das 10h00 às 12h15 e das 14h00 às 17h15.  Podem aceder à biblioteca membros da Sociedade de Amigos do Museu, investigadores e estudantes e estão disponíveis os seguintes serviços: consulta de presença, pesquisa, serviço de fotocópias, reserva de documentos e empréstimo inter-bibliotecas. O acervo documental da biblioteca é constituído por um conjunto de documentos de cronologia variada, organizado em estantes classificadas por assunto e é composto essencialmente por bibliografia relativa a Arqueologia, Arte, Orientalismo, Arte Têxtil e Fundo Local (composto por obras editadas na região de Castelo Branco por autores da região ou acerca da região).










O acervo do paço e a pintura

Do rico espólio pertencente ao antigo paço Episcopal resta hoje um conjunto pequeno constituído essencialmente por iconografia religiosa, retrato e tapeçarias.
As tapeçarias datam do século XVI e provenientes de Bruxelas, evocando temáticas bíblicas e mitológicas de inspiração renascentista, como Ciro liberta os Hebreus e a História de Lot e cenas da História de Roma, pertenciam ao acervo do antigo Paço Episcopal.
As pinturas a óleo que fazem parte do espólio do Paço são em número reduzido, estando as mais emblemáticas em exposição permanente no Museu. Integradas na pintura do ciclo manuelino (século XVI) são seguramente provenientes das oficinas dos mais conceituados pintores nacionais e estrangeiros que laboraram em Portugal.
Destacam-se a Deposição de Cristo no Túmulo, de produção atribuída a Garcia Fernandes (act. 1514 – c.1560), Santo António, S. Pedro e o da Anunciação e uma Santa Face sobre madeira.

Para além das pinturas que compõem o acervo do antigo Paço Episcopal, o Museu de Francisco Tavares Proença Júnior reúne um grupo interessante de pinturas do século XVII, doadas pela Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco em 1915. Destacam-se São João Baptista uma representação tardo-maneirista, e a Adoração dos Magos de autoria desconhecida e já seiscentista.
Dentro da mesma cronologia, existem no acervo do Museu três telas, incorporadas em períodos diferentes, atribuídas ao pintor Bento Coelho da Silveira: Oração , Virgem da Misericórdia e Lamentação aos Pés da Cruz.
O Museu possui um núcleo de Arte Contemporânea sendo de destacar as obras de Noronha da Costa, Costa Camelo, Tomás Mateus, Cruzeiro Seixas, Cristina Ataíde, Artur Bual, Eurico Gonçalves, Pedro Calapez, Charters de Almeida e Manuel Cargaleiro, Barata Moura, Philip West, Manuel Justino, Ribeiro Farinha, Álvaro Espadanal, Frade Correia, entre outros.

Do rico espólio pertencente ao antigo paço Episcopal resta hoje um conjunto pequeno constituído essencialmente por iconografia religiosa, retrato e tapeçarias.
As tapeçarias datam do século XVI e provenientes de Bruxelas, evocando temáticas bíblicas e mitológicas de inspiração renascentista, como Ciro liberta os Hebreus e a História de Lot e cenas da História de Roma, pertenciam ao acervo do antigo Paço Episcopal.
As pinturas a óleo que fazem parte do espólio do Paço são em número reduzido, estando as mais emblemáticas em exposição permanente no Museu. Integradas na pintura do ciclo manuelino (século XVI) são seguramente provenientes das oficinas dos mais conceituados pintores nacionais e estrangeiros que laboraram em Portugal.
Destacam-se a Deposição de Cristo no Túmulo, de produção atribuída a Garcia Fernandes (act. 1514 – c.1560), Santo António, S. Pedro e o da Anunciação e uma Santa Face sobre madeira.

sexta-feira, outubro 22, 2010

As colchas

O Museu de Francisco Tavares Proença Júnior possui uma relevante colecção de Colchas de Bordado de Castelo Branco e o percurso expositivo do Museu apresenta um importante núcleo incluindo desde as peças orientais passando pelas colchas de feitura nacional e por fim as Colchas de Castelo Branco

A origem das Colchas de Castelo Branco remonta ao século XVII, sendo a influência mais verosímil a dos motivos e composições orientais que entraram no país a partir do século XVI. Sabemos também, que a partir da segunda metade do século XVIII aparece referida a existência de um número considerável de colchas (ou corchas) de linho bordadas a seda na região de Castelo Branco, o que nos leva a concluir que nesta altura este bordado estava já muito difundido.

Quanto aos pontos utiliza-se predominantemente o ponto de Castelo Branco (ponto lançado com traves ou prisões) para preencher grandes espaços, e para completar e diversificar o bordado o ponto cheio, matiz, pena, galo, pé-de-flor e os chamados pontos de redes.

quinta-feira, outubro 21, 2010

Arqueologia

A história do Museu de Francisco Tavares Proença Júnior confunde-se com a das colecções de arqueologia.
Integram os materiais Paleolíticos que Francisco Tavares Proença Júnior recolheu, diversos achados avulsos e núcleos bastante consistentes, nomeadamente das estações de Vilas Ruivas e Monte Famaco em Vila Velha de Ródão. Deste período destaca-se um solo de habitat paleolítico, o primeiro a ser transposto para um museu.
O Neolítico e Calcolítico têm um peso considerável na colecção de arqueologia, tendo surgido com Francisco Tavares Proença Júnior o primeiro programa de investigação arqueológica no distrito, onde o estudo do fenómeno do megalitismo ocupa um lugar preponderante.
Merecido destaque vai para a colecção de Gravuras Rupestres provenientes do Vale do Tejo, Vila Velha de Ródão, que o Grupo para o Estudo da Arte Pré-Histórica entregou ao Museu em meados dos anos setenta.
No que diz respeito à Época Romana, há a destacar os núcleos Epigráfico, o de Centum Celae e o de Idanha-a-Nova, este último resultante das escavações dirigidas por D. Fernando de Almeida. A cerâmica encontra-se aí representada em grande número, mas o merecido destaque vai para uma estatueta em madeira de azinho e para um anel em ouro.
Finalmente, da Época Medieval destacamos três acicates do século XI-XII e uma inscrição hebraica datada de 1297, proveniente da antiga Sinagoga de Belmonte.

Biografia de Francisco Tavares Proença Júnior

Francisco Tavares Proença Júnior, fidalgo beirão nascido em Lisboa, é uma personagem singular na história da arqueologia portuguesa. Natural da freguesia da Lapa, na capital, onde nasceu em 1883, morreu na Suíça, em 1916, com trinta e três anos, vítima de infecção pulmonar.

A sua actividade arqueológica circunscreve-se, de facto, a um curtíssimo período de tempo, situável entre o ano de 1903 e 1910. Em oito anos apenas desenvolveu intenso labor: prospecções, escavações, inventário de sítios e aquisição de artefactos. Afirmou-se, primeiro nos meios internacionais e, só depois, a nível nacional, o que é igualmente insólito. Fundou um Museu em Castelo Branco e uma revista, Materiaes para o estudo das antiguidades portuguezas, de vida efémera, publicou somente três fascículos em um único ano. Viveu e trabalhou num momento muito preciso da arqueologia portuguesa, numa época em que eram muito poucos, de facto, os cultores da disciplina, depois dos entusiasmos do último terço do século XIX e dos primeiros do século XX.”

In: Fabião, C. (2004). O arqueólogo Francisco Tavares de Proença Júnior, in: Arqueologia: colecções de Francisco Tavares Proença Júnior; Castelo Branco, IPM.